José Grosso
No no ano de 1896, nasceu José da Silva, no Ceará, em pequeno lugarejo próximo a Crato. Filho de Gerônimo e Francisca, tiveram 9 filhos, no início da década de 30 na vastidão do sofrido nordeste, miséria, seca, sofrimentos, falta de tudo. Nessa época alguns homens se apropriavam dos bens dos ricos para distribuí-los aos pobres. Isso empolgou muito o coração de José da Silva, que em seu íntimo sonhava com uma "terra prometida", com mais paz, saúde e alimentação adequadas para todos. Essa turba de homens tinha como chefe Lampião.
Na região de Orós, José Grosso, já adulto, integrou-se a esse grupo de anseios iguais aos seus, ou seja, ajudar aos seus semelhantes a qualquer custo. Com a convivência com o bando, José da Silva percebeu que eles extrapolavam as suas aspirações. Percebeu que a maneira como agiam não era correta e sabendo das conseqüências desses atos, mudou seu comportamento. Não delatou o grupo às autoridades, mas passou a informar as cidades que seriam invadidas para que mulheres e crianças fossem poupadas. Esse comportamento levou Lampião a perfurar-lhe os olhos à faca, vingando-se da traição sofrida.
José da Silva perdido na mata, com infecção generalizada, desencarnou em 1936 aos 40 anos de idade, sem ter notícia alguma de seus 7 irmãos. Conhecia o paradeiro de um único irmão - chamado de Palminha - na época, viveu o mesmo tipo de vida, mas pertencendo a outro grupo. Após seu desencarne, quando acordou no plano espiritual, tinha ao seu lado os espíritos de Scheilla e Joseph Gleber, que tiveram vínculos com ele na Germânia.
Doze anos depois, os espíritos de Scheilla e Joseph Gleber levaram o espírito de José da Silva para o núcleo que se reunia na casa de Jair Soares. Lá ele manifestou-se pela primeira vez em 1949, em suas primeiras comunicações, ele dizia ser folha caída dos ventos do norte. Também levado por Scheilla e Joseph, começou a manifestar-se no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, através de alguns médiuns e, principalmente, através do conhecido médium Peixotinho.
Os espíritos José Grosso, Scheilla e Dr. Garcez manifestavam-se pelo Peixotinho, médium que foi médico, também, na era de 79. José Grosso iniciou sua caminhada no plano espiritual junto ao espírito de Glacus. Por longos anos esteve sob orientação de Scheilla no campo espiritual, trabalhando em dedicado e operoso núcleo espírita em Belo Horizonte. Arnaldo Rocha narra que uma certa vez foi até Chico xavier dizendo: "Eu fumava muito: dois maços de cigarro por dia e também cachimbo; tinha 23 unidades! Era uma dificuldade limpar aquilo tudo! Por respeito, saía de perto do Chico para fumar. O Chico dizia: “Pode entrar, Naldinho. O fumo até que cheira bem.” E cheirava bem, mesmo!
Foi muito difícil lidar com algumas questões pessoais. Certa feita, trabalhando como passista, junto ao Jair Soares, pelo fenômeno de voz direta o José Grosso veio falar comigo. Imaginem, aquela voz de trovão do Zé! “Arnaldo, você está dispensado de dar passes. É muito difícil tirar essa nicotina sua!” E, assim,fui “excluído” da tarefa de passista.”
Desde 1949 vem cooperando nas reuniões de psicofonia e tratamento espiritual em grupos do Movimento da Fraternidade. Atualmente manifesta-se em inúmeras casa espíritas espalhadas pelo Brasil, dentre elas a Fraternidade Espírita Irmão Glacus e a Fraternidade André Luiz ambos de Uberlândia (Minas Gerais), no Centro Espírita José Grosso, na cidade de Imperatriz (Maranhão) e na União Espírita Diogo de Vasconcelos Lisboa em João Pessoa (Paraíba). José Grosso, dentre as suas várias atividades espirituais é mentor espiritual da tarefa da Sopa, na Fraternidade Espírita Irmão Glacus e da Creche Irmão José Grosso, na Fundação Espírita Irmão Glacus.
Trancrevemos portanto sua emocionante história obtida através do médium Ênio Wendling, na Fraternidade Espírita Irmão Glacus, por Palminha- Antonio da Silva irmão de José Grosso (espírito), que pediu a permissão para transcrever o relato do José Grosso, "Zé" como carinhosamente era chamado.Espírito de muito sentimento, muito amigo, teve muitas andanças através de vários corpos.
Teve poder e muita autoridade nas mãos, principalmente a partir da Germânia. Contudo, era místico, rígido e disciplinado. Nessa época, José Grosso chamava-se Johannes e desencarnou por volta do ano 751.
Em uma de suas encarnações foi seu irmão consangüíneo o Irmão Palminha (hoje também mentor espiritual da Fraternidade). José Grosso reencarnou-se novamente, na Holanda, como Adido Diplomático. Conviveu com a classe alta holandesa e com a corte de Francisco I - rei da França.